Neste artigo, foi construído um modelo simples de uma cidade com agentes heterogêneos e escolha de moradia para explicar os determinantes das favelas, onde vive cerca de um terço da população urbana nos países em desenvolvimento. O modelo apoia as principais evidências empíricas sobre a formação de favelas e é capaz de avaliar quantitativamente o papel de cada determinante do crescimento das favelas.

Foi mostrado que a pobreza urbana, a desigualdade e a migração rural-urbana explicam grande parte da variação no crescimento das favelas no Brasil de 1980 a 2000. A avaliação ex ante dos impactos das intervenções políticas mostra que a remoção de barreiras à formalização tem um forte impacto na redução das favelas.

Autores: Tiago Cavalcanti, Daniel Da Mata e Marcelo Santos.